domingo, dezembro 13, 2009

Então e essa clubite, está boa?

O Tribunal de O JOGO
O golo que dá o empate ao Benfica é irregular

90'+2'
Nuno Gomes empata a partida. Encontrava-se em posição legal no momento do passe de Luisão?

Jorge Coroado
Não. Nuno Gomes encontrava-se em posição irregular, quando Luisão cabeceia a bola. Portanto, o golo é irregular.

Rosa Santos
É fora-de-jogo. Nuno Gomes está para lá do último defesa no momento do passe de Luisão. No que toca aos foras-de-jogo, o que conta são as pernas dos jogadores, e Nuno Gomes tem a perna para lá do último defesa.




34'
Toy encontrava-se em posição legal no lance em que marca o segundo golo do Olhanense?

Jorge Coroado
Não havia qualquer fora-de-jogo, pelo que a validação do golo é perfeitamente correcta.

Rosa Santos
Sim. Não há nada de anormal, o lance é completamente legal.



Não estou à espera que um jornal do Porto seja imparcial mas também não é preciso escrever boçalidades. As opiniões dos "especialistas" são as mais ridículas que li até hoje.

Mas a frase do fim-de-semana vai para o comentador da SportTV que relatou o Olhanense - SLB. No final do jogo disse "O Benfica parte para o clássico com um ponto de vantagem sobre o Futebol Clube do Porto". Mas... o Olhanense - SLB terminou dia 12 às 23:15 e o FCP - Vitória è dia 13 às 20:15... Será que ele já sabe algo que eu não sei...?

terça-feira, outubro 27, 2009

Poder, podia...

Olá, eu sou o Jorge Jesus!

Se eu podia ganhar sem golear...?

Poder podia... Mas não era a mesma coisa.


segunda-feira, outubro 26, 2009

Quem diz a verdade, não merece castigo

Caríssimos cristãos, católicos apostólicos romanos, católicos apostólicos brasileiros, greco-católicos melquitas, greco-católicos croatas, fariseus, saduceus, essênios, masortis, mitnagdims, neturei cartas, haredis, caraístas, mashichistas, nazarenos, ebionistas, sionistas, chabad lubavitchistas, ortodoxos copta, ortodoxos gregos, ortodoxos russos, ortodoxos ucranianos, ortodoxos armenianos, protestantes, luteranos, prisbeterianos, anglicanos, metodistas, adventistas, "universalistas do reino de deus", adventistas do sétimo dia, adventistas do sétimo dia (movimento da reforma), adventistas da promessa, adventistas biblicos, adventistas brasileiros, anabaptistas, menonitas, pentecostalistas e neo-pentecostalistas, mormons, quakers, unitaristas, cristãos esotéricos, gnosticistas, rosacrucianistas, maniqueístas, espiritistas, ramatasianos, jainistas e mais alguns:

O SARAMAGO TEM RAZÃO!


Obrigado.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Qualquer semelhança com a realidade, não é coincidência.

1 de Setembro de 1939. Perto das 4:45 da manhã, a Luftwaffe sobrevoou e bombardeou várias cidade polacas, incluindo Karkóvia e Varsóvia.
Cinco minutos depois, a Kriegsmarine ordenou que o navio Schleswig-Holstein abrisse fogo sobre as defesas polacas situadas à beira mar em Westerplatte. Três horas depois (às 8 da manhã) a Wehrmacht Heer invadiu a fronteira polaca perto da cidade de Mokra, embora ainda sem uma declaração formal de guerra.
Estónia, Filandia, Letónia, Lituania, Noruega, Itália, República da Irlanda e Suiça declaram a sua neutralidade.

A 1 de Outubro de 1945, Hồ Chí Minh entrega o sul do Vietnam (o ultimo pedaço de terra ocupado) a uma coligação franco-britânica.

Entre estas duas datas, deu-se o mais sangrento conflicto da historia da humanidade: a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que perto de 60 milhões de pessoas tenham perdido a vida. 20 destes 60 milhões eram militares, sendo os restantes civis. Destes civis, 12 milhões morreram em campos de concentração Nazi. 1,5 milhões morreram em bombardeamentos, e 15 milhoes de outra causas. No entanto, estes números não são totalmente reais dado que muitas mortes não eram documentadas. As principais vítimas foram os judeus mas os Nazi tinham também como alvo os romenos, os eslovenos e até os homossexuais. Estes três ultimos alvos perfizeram 5 milhões de vitimas.

Com o final da guerra, foi elaborado um plano de reinserção dos judeus na comunidade europeia mas foi ignorado pela maior parte destes. Muitos deles refugiaram-se na Palestina, situação que já tinha acontecido antes da guerra, em 1936 até 1939. Nesses três anos, surgiu a Revolução Árabe na Palestina. Devido à massificação e e falta de controlo das entradas dos judeus na região, os árabes tomaram várias medidas de protesto contra a sua entrada na Palestina. Desde greves à falta de pagamentos de impostos, o povo árabe tudo fez para evitar a invasão judaica e crenças adjacentes. Enventualmente, surgiram confrontos que passaram a armados com muitas mortes de ambas as partes. Foi criada pelos judeus a Haganah ("defesa" em hebraíco) como retaliação aos ataques dos árabes.
Os judeus tiveram também o apoio do governo britânico que, embora nunca tenha tomado posição oficial, ajudou a criar a Policia Judaica, as Forças Auxiliares Judaicas e as Patrulhas Nocturnas Especiais. Em 1937, o governo britânico ditou que o Estado da Palestina deveria ser governado por árabes e judeus. Foi imposta uma quota anual de entrada de até 10.000 judeus (com o início do Holocausto, estes números foram pulverizados devido aos refugiados). Os conflitos terminaram em Março de 1939 e vitimaram 5000 árabes, 400 judeus e 200 britânicos. Embora a revolta do povo árabe não tenha surtido efeito, muitos crêem que o mesmo é um ponto de viragem na história da região e é creditado como o nascimento da fundamentalismo árabe na Palestina.

Sendo que diplomaticamente a situação era muito dificil de resolver, o governo britânico resolveu pedir ajuda à ONU. Foi criado um comité em 1947 chamado UNSCOP (United Nations Special Committee on Palestine) que servira para mediar os interesses dos árabes e os seus mais recentes ocupantes, os judeus. Ao fim de cinco semanas, o UNSCOP decidiu dividir o Estado da Palestina em dois para ambos os povos.
Em Novembro do mesmo ano, a decisão tomada pela UNSCOP foi a votação na ONU e passou com 33 votos contras 13 e com 10 abstenções. Todos os estados árabes (Liga Árabe) votaram contra.
No terreno, árabes e judeus confrontavam-se em locais estratégicos da região.
Em 14 de Maio de 1948, o Estado de Israel declara independência delimitando o seu território como previamente decretado pelo UNSCOP. No dia seguinte, a Liga Árabe reitera oficialmente a sua oposição à decisão da UNSCOP numa carta à ONU. No mesmo dia, cinco países da Liga Árabe (Egipto, Líbano, Síria, Jordânia e Iraque) invadiram o espaço reservado aos árabes e lançaram fortes ataques sobre o recém formado Estado de Israel dando ínicio à primeira guerra de árabes e israelitas. No entanto, as forças israelitas retaliaram com sucesso a ofensiva árabe e, inclusivé, ocuparam parte do seu território, desrespeitando as fronteiras estabelecidas pela UNSCOP.
Em Abril de 1948, as forças de Israel invadiram Deir Yassin, uma aldeia árabe perto de Jerusalém, e assassinaram 107 pessoas, incluindo crianças. Algumas foram baleadas na via pública enquanto que outras morreram na sua propria casa com explosões de granadas, impedidas de sair para a rua pelas tropas israelitas.
Várias pessoas foram tomadas prisioneiras e colocadas em praça pública em Jerusalém. Depois disso, foram executadas.

Em 24 de Fevereiro de 1949, Israel assina um tratado de paz com a Liga Árabe chamado de Acordo de Armistício. Além do cessar fogo, foram determinadas fronteiras para os países árabes e Israel com o consenso de todos os envolvidos.

No início 1956, o Egipto fechou os estreitos de Tiran ao comércio israelita e colocou um bloqueio no golfo de Aqaba. A meio do ano, nacionalizou a Companhia do Canal do Suez (originalmente criada pela França em cooperação com o Egipto em 1858 de modo a explorar o canal) e vedou todos os acessos ao comércio israelita. Estas acções foram interpretadas como violações do Acordo de Armistício.

Israel respondeu e em Outubro do mesmo ano, invadiu a Península de Sinai com o apoio dos governos britânico e francês e tomou também a Faixa de Gaza. Rapidamente, a ONU apelou a um cessar fogo urgente. Israel concordou e retirou as suas tropas.
A ONU criou a UNEF (United Nations Emergency Force) para garantir a segurança na Faixa de Gaza e certificar-se da desmilitarização de ambos os países. O Egipto cooperou na totalidade mas Israel não, impedindo que as tropas da UNEF entrassem no seu território.

Em Maio de 1967, o Egipto expulsou a UNEF e colcou 100.000 homens na Faixa de Gaza. Voltou a fechar os estreitos de Tiram impôs novo bloqueio sobre o comércio israelita.
Estas medidas faziam parte de uma politica de reconquista da Palestina aos judeus, e consequente expulsão dos mesmos, pelo líder egípcio Gamal Abdel Nasser.
Com o apoio bélico dado pelos soviéticos (aviões, tanques e outros suplementos militares), o Egipto sentia que desta vez, conseguiriam expulsar os judeus. Os media foram fortemente usados para motivar o povo e rapidamente foi conseguido, influenciando também os outros países árabes.
A Síria, o Líbano e a Jordânia uniram forças e auxiliariam o Egipto numa ofensiva a Israel, culminado com um ataque coordenado e preciso.
No entanto, e antes do ataque dos países aliados, a força aerea israelita (IAF) lançou um ataque surpresa sobre a força aerea egípcia, destruindo-a e virando-se depois para Este, atacando as restantes forças aereas dos outros três países. Este ataque foi determinante para a vitória neste conflicto que viria a ser conhecido como a Guerra dos Seis Dias. No final, Israel tomou conta da Peninsula de Sinai, da Faixa de Gaza, da margem Oeste, do Nordeste de Jerusalém e dos Altos de Golan.
Estes efeitos geopolíticos resultantes do confronto manteram-se inalterados até hoje.

No Verão de 1967, os líderes da Liga Árabe reuniram-se para discutir os efeitos da guerra e a sua posição perante o Estado de Israel. Foi atingido um consenso que viria a ser conhecido como "Os Três Nãos": Não ao reconhecimento do Estado de Israel, Não à paz e Não às negociações com o Estado de Israel.

Em 6 de Outubro de 1963, a Síria e o Egipto lançaram um ataque surpresa em Israel. Os EUA (apoiando como sempre Israel) e a URSS (defendendo a Liga Árabe) estiveram por detrás desta guerra embora nunca assumindo directamente um papel. Quando Israel virou o curso da guerra a seu favor, a URSS ameaçou intervir directamente na guerra. Os EUA, com receio de uma guerra nuclear, asseguraram um cessar fogo, 20 dias depois do início da ofensiva.

No Verão de 1978, os EUA (que apoiaram Israel desde o pós 2º Guerra Mundial) foram o palco dos Acordos de Camp David entre os líderes Anwar El Sadat (presidente do Egipto) e Menachem Begin (primeiro ministro israelita). Os acordos levaram ao Tratado de Paz entre Israel e o Egipto, em 1979. Em 1994, foi a vez da Jordânia assinar um tratdo de cessar fogo com Israel.

Desde os anos 80 que foram criadas muita fracções de combate à invasão judaica.
No Líbano, apareceu o Hezbollah embora com o passar do tempo se tenham transformado e hoje são um grupo que fornece serviços sociais, opera escolas, hospitais e cria serviços de agricultura para a população.


Em Dezembro de 1987, surge a Primeira Intifada. A Primeira Intifada é uma união de vários elementos de países árabes contra Israel. A rebelião começou num campo de refugiados palestinianos e rapidamente se espalhou por Gaza, pela margem Oeste e Oeste de Jerusalém mas em Setembro de 1993, o Estado de Israel e representates da Palestina assinaram um acordo em Oslo. Este documento é um dos mais importantes que existem nas relações entre Israel e a Palestina.

São criados o Hamas, Palestinian Islamic Jihad, Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP) e a al-Aqsa Martyrs' Brigades e, em Setembro de 2000, surge a Segunda Intifada, mais conhecida por Al-Aqsa que encara de uma maneira mais forte e radical a defesa do Estado da Palestina e a expulsão dos judeus.
Estes movimentos atacam alvos israelitas com ataques suicidas, carros armadilhados, e guerrilha armada.

De forma a combater estes grupos, Israel lançou ataques a varias cidades na margem Oeste em 2002. A violência atacava de novo a região.

Em 2003, o primeiro ministro Ariel Sharon anunciava a retirada da Faixa de Gaza, tendo sido muito criticado dado que poderia ser encarado como um afastamento dos judeus das suas terras. Este foi o mais importante revés na política israelita desde a conquista da Faixa de Gaza na guerra dos seis dias, em 1968. Muitos críticos de Sharon acreditavam que este seria o primeiro passo para a retirada de territórios tomados por Israel mas nunca se irá ter a certeza: Sharon teve dois ataques cardíacos, o ultimo dos quais o levou a um estado vegetativo. Foi afastado do cargo tendo sido sucedido por Ehud Olmert.

Em Junho de 2006, uma ofensiva por militantes palestinos resultou na captura de um soldado israelita chamado Gilad Shalit. O prisioneiro encontra-se ainda hoje refém do Hamas que exige a libertação de 450 palestinianos prisioneiros de israelitas em troca da sua libertação. Em 2007, o Hamas tomou controle da Faixa de Gaza.
Em modeo de retaliação pela captura de Shalit, Israel cortou todas as exportações para a Faixa de Gaza. Fontes asseguram que os níveis de pobreza, falta de recursos e desemprego em Gaza são chocantes. Israel apenas garante items básicos de sobrevivência, estagnando a economia de Gaza.

Em Julho de 2006, uma tropa do Hezbollah invadiu Israel e assassinou oito soldados israelitas, raptando mais dois. Esta acção despoletou a Guerra no Libano que durou 34 dias de confrontos entre tropas armadas do Hezbollah e as forças armadas Israelitas. A ONU forçou um cessar fogo que foi respeitado por ambas as partes.
Este conflicto causou mais de mil mortos tendo sido a maior parte civís e desalojou perto de um milhão de libaneses. Muitas casas no Líbano ainda hoje nao são habitáveis devido a engenhos explosivos que não rebentaram nessa guerra.

Em Abril de 2008, Ehud Olmert confirmou o que Bashar al-Assad (líder sírio) tinha dito um mês antes: conversações tinham sido iniciadas de modo a que um tratado de paz fosse assinado pelos dois países.

Em Dezembro de 2008, uns breves seis meses de cessar fogo entre o Hamas e Israel foi interrompido. O Hamas atacou fortemente cidades israelitas no dia 24 de Dezembro.
A 27 de Dezembro, Israel respondeu com um ataques aereo e terrestre maciços, despoletando uma enorme batalha em Gaza. Israel apontou a alvos como bases do Hamas, campos de treinos de polícias, quarteis generais e escritórios. No entanto, atacaram também mesquitas, casas e escolas alegando que o Hamas operava a partir destes alvos civís. Grupos de direitos humanos acusam quer o Hamas, quer Israel de crimes de guerra. O conflicto terminou a 18 de Janeiro e fez 1450 vitimas. Mais de 40.000 pessoas ficaram sem agua potável e perto de 4.000 casas foram destruidas, desalojando centenas de pessoas.


O balanço que se faz de toda esta situação é catastrófico. Perderam-se 143.000 vidas e o custo de armamento e mobilizações dos ultimos 11 anos ascende aos 12 triliões de dolares. Caso houvesse entendimento entre Israel e os países árabes, o salário médio de um israelita seria de 4 vezes mais que o actual.

____________

Os números são rídiculos quando comparados com os da Segunda Guerra Mundial mas a relexão aqui que eu quero fazer passar prende-se com a prepotência, os actos despóticos e tirânicos de um povo que deveria ter outra atitude.

Por detrás de um grande homem pode estar uma grande mulher mas por detrás de um país cristão infiltrado num ninho de países árabes, está uma super-potência à espreita...

sexta-feira, agosto 21, 2009

Coincidências...?

Estes dois senhores foram entrevistados pela mesma jornalista no seguimento da mesma notícia mas em duas alturas distintas. No entanto, e julgando pelos seus apelidos, diria que vão muito bem juntos embora um seja um termo técnico mas possui, ao mesmo tempo, um je ne sais quoi de popular (ai, que rico binho!) e outro peque pela breijerice...



sábado, agosto 08, 2009

Indecisões, Indecisões...

in Record online, 08/08/2009


sábado, julho 25, 2009

Dualidades...

"Liga Europa: Paços 1-0 Zimbru

Não havia televisões por perto a registar, em directo, o momento para a posteridade, nem Cristiano estava vestido de astronauta como Neil Armstrong, mas daqui a 40 anos (ou já amanhã, quem sabe) o brasileiro bem poderá dizer com orgulho que o seu golo significou um salto de gigante para o Paços de Ferreira, em campo emprestado pelo Vitória de Guimarães, estreante a vencer em competições europeias e logo na primeira edição da Liga Europa.
"


Se fosse um certo clube lá para os lados de Lisboa a aceitar ir ao Algarve a convite da equipa visitada, caía o Carmo e a Trindade...

Ah! E há 11 épocas, o Vitória de Setúbal teve que receber o Benfica fora de casa dado ter o seu estádio interdito e decidiram ir fazê-lo às Antas e tambem ninguém falou nada sobre disso...

sábado, julho 18, 2009

Cuidado!




Ó gay, eu se fosse a ti descalçava os saltos altos e despachava-me...

quarta-feira, julho 01, 2009

Revisores, precisam-se.



Mas bi quê...? Bissexual...? Bipolar...? Bicha...?

segunda-feira, junho 22, 2009

A Hipocrosia Num Pais de 3º Mundo

Ponte Barreiro – Chelas numa primeira fase apenas com componente ferroviária "Zona do Barreiro poderá tornar-se ainda mais uma zona de passagem e um novo dormitório na Margem Sul"

Quem será que se preocupa tanto com o povo do Barreiro, perguntam vocês? Será o Banza, cujo partido afirma que o Barreiro é dominado através de uma "extrema esquerda"? Será o Avô Cantigas (ou Partidas), cujo partido, em plenas eleições europeias, afirmou que Portugal entrou na CEE em 12 de Junho de 1986?
Não, meus caros. A afirmação parte dos "radicais", dos "irreverentes", daqueles grandes "malucos", o Bloco de Esquerda!

Segundo o artigo, o Bloco acha que "interessaria que a portagem adoptada tivesse um valor da mesma ordem de grandeza do da Ponte Vasco da Gama".
É engraçado ver como este partido de "esquerda" já pensa como o governo: a maneira mais simples de desmotivar alguém é indo ao seu bolso!
E que tal estimular o cívismo do português (que ainda quero acreditar que existe e que DEVE existir) e apresentar mais extensivamente a alternativa dos transportes públicos (TP)? Mas atenção, não só ao povo do Barreiro!
Toda a margem sul possui alternativas ferroviarias aos TP excepto o Barreiro! Um habitante de almada pode perfeitamente ir de autocarro até Cacilhas e usar a travessía marítima até Lisboa, ou ir de comboio até Lisboa ou ainda decidir se quer atravessar a ponte 25 de Abril na sua própria viatura ou numa das várias carreiras com que a Carris disponibiliza.

Quantos anúncios e publicidades vemos nós da Fertagus, CP, Carris, Vimeca, TST e muitos mais...? Ao mesmo tempo, contabilizemos a publicidade ao novo fantástico e revolucionário carro XPTO que gasta menos um decilitro de combustível, que possuí o mais inovador leitor de MP3 com GPS e faz dos 0 aos 100 em 5 segundos...

O argumento de que a Ponte Vasco da Gama (PVG) seria uma alternativa à 25 de Abril também é pura idiotice. Desde que a PVG foi inagurada em 1998, o tráfego na Ponte 25 de Abril é hoje cerca de 15% maior (dados Lusoponte). A Lusoponte responsabiliza o Estado desta situação dado que, por exemplo, o preço das portagens nas duas pontes devia ser o mesmo, mas foi o executivo da altura que quis manter o da 25 de Abril mais baixo. Também as ligações essenciais para as duas pontes, que eram responsabilidade da administração central, se atrasaram ou ainda estão por construir (11 anos depois).


Mas vamos-nos focar nas distâncias que são necessárias para um habitante da margem sul chegar a Lisboa usando as rodovias:

- Se um habitante de Almada decidir usar a ponte 25 de Abril, partindo do centro da sua cidade, terá que percorrer uma distância aproximada de 9 kilómetros para chegar a Lisboa (ver imagem com percurso).

- Se um habitante de Almada decidir usar a ponte Vasco da Gama, partindo do centro da sua cidade, terá que percorrer uma distância aproximada de 62 kilómetros para chegar a Lisboa (ver imagem com percurso). Temos que ter em conta que esta era a alternativa à 25 de Abril proposta pelo executivo da altura: um acréscimo de 106 (!) kilómetros diários a quem está habituado a fazer 18. E já agora, uma pequena curiosidade: quando pedi ao software que usei para fazer a simulação Almada - VG, este optou por usar a 25 de Abril, atravessar toda a Lisboa para poder ir até à VG, já que o percurso são 23 kilómetros, menos 39 que pela margem sul...

- Se um habitante do Barreiro decidir usar a ponte 25 de Abril, partindo do centro da sua cidade, terá que percorrer uma distância aproximada de 42 kilómetros para chegar a Lisboa (ver imagem com percurso).

- Se um habitante do Barreiro decidir usar a ponte Vasco da Gama, partindo do centro da sua cidade, terá que percorrer uma distância aproximada de 35 kilómetros para chegar a Lisboa (ver imagem com percurso).


Vou agora pegar num exemplo de um país civilizado: se eu fosse um cidadão inglês e quisesse atravessar o rio Tamisa (com 344 kilómetros de extensão e que chega a atingir os 8 kilómetros de largura, mais 1 kilómetro que a distância da hipotética ponte Barreiro - Chelas), saberia que podia escolher de entre 64 pontes, 10 tuneis subterraneos e 6 diferentes companhias de travessias, só em Londres. Sendo um cidadão informado, sorriria porque sabia que o Rio Tejo em Portugal tem 230 kilómetros de extensão e possui 16 pontes em TODO o país...

Patético...

quarta-feira, junho 03, 2009

Típico...

Segundo as estatísticas oficiais, metade da nossa população não vota.
Ou há sempre algo (supostamente) mais importante a fazer ou então simplesmente não apetece.

Este fim-de-semana que vem, há eleições europeias. Vamos eleger os deputados que nos irão representar no parlamento europeu.
No entanto surgiu um pequeno problema. Três, por acaso...

Problema Nº 1
Problema Nº 2

Não coloco aqui o problema nº 3 porque até acho que as máximas para Sábado e Domingo são de 20ºC...

No Brasil, o voto obrigatório foi instituido em 1934. Segundo Assis Brasil "é conveniente ao interesse social que todos os cidadãos capazes se inscrevam eleitores e votem", completando em seguida que "não são inócuas nem desprezíveis certas providências legais, tendentes a fazer com que a totalidade dos cidadãos se aliste e vote".

Citando ainda Dieter Nohlen, em 1981 "Embora muitas vezes apresentada como uma norma pouco democrática, a obrigatoriedade do voto é uma medida institucional adoptada por muitas democracias estáveis. E os motivos para essa adopção costumam obedecer a critérios políticos democratizadores, tais como conseguir a participação de grupos religiosos, minorias políticas ou, simplesmente, garantir a presença da maioria nas eleições".

A obrigatoriedade de voto remonta à antiga Grécia onde Sólon, um legislador de Atenas e considerado uma dos Sete Sábios da Grécia antiga, aprovou uma lei específica em que os cidadãos teriam que escolher um dos partidos, correndo o risco de perder os seus direitos de cidadania. Esta lei fazia parte de um pacote de leis com que Sólon revolucionou na altura a política na Grécia, fazendo também aprovar a abolização da escravatura por dívidas, divisão da sociedade pelo critério censitário (pela renda anual) e criou o tribunal de justiça.
Claro que as suas medidas não foram bem vistas pela aristocracia, que não queria perder seus privilégios oligárquicos.

A obrigatoriedade de voto não é uma lacuna na democracia. Basicamente, as eleições servem para escolher um grupo que defende os nossos interesses da melhor maneira possível.
Todas as decisões são importantes e têm influência directa no nosso dia-a-dia, como nos preços dos bens de primeira necessidade, na nossa renda de casa, em leis das quais nos regemos, etc. É nas urnas que os cidadãos falam, não chegam só as manifestações, blogs, bloqueios ou greves.
Não percebem muito de política, nem o que o partido defende? Envolvam-se mais na comunidade política! Leiam, investiguem! A internet não serve só para engatar gajas no Hi5, nem para ver os golos do Benfica. Temos nas nossas mãos a mais poderosa e acessível ferramenta de informação que jamais existiu e deve também ser usada para descobrirmos, lermos sobre o que não sabemos.
Em vez de assistir a uma maratona de "Flor do Mar", "Deixa Que Te Leve" e "Olhos nos Olhos" durante duas horas e meia, assistam a um debate.

Mesmo lendo sobre todas as variantes politicas, não se identificam com nenhuma? Votem em branco! Mas votem!


Sobre o problema nº 3, vou deixar em aberto... Nunca se sabe que desculpa esfarrapada o português arranjará para não cumprir o seu dever cívico.

sexta-feira, maio 29, 2009

quinta-feira, maio 28, 2009

Parabéns!

quarta-feira, maio 13, 2009

E agora, mais uma tentativa idiota dos ladrões do costume!

A pirataria existe e é uma ameaça bem real. Não, não estou a falar dos piratas somalis mas sim de um outro tipo de pirataria, também altamente censurável: A pirataria informática e/ou musical.

Vamos por pontos e entender bem com o que concordo e com o que discordo.

Sou contra a proliferação de intermediários (e são muitos) entre o artista que cria a obra (seja ela musica, cinema ou software), encarecendo o produto final.
Muitas bandas já aceitaram a internet como solução de divulgação e até comercialização do seu trabalho.
Em Outubro de 2007, os Radiohead lançaram o seu ultimo album em formato digital "In Rainbows" através do agora desactivado site www.inrainbows.com.
A ideia não era "dar" o album mas sim vender ao preço que o comprador achasse justo. Ao fazer o download, o utilizador tinha que colocar um valor (desde 0£) e só pagava um extra de 0.45£ (perto de 0.50) de despesas de cartão de crédito caso o valor fosse superior a 0.
Até ao fim do site em Dezembro de 2007, o valor médio de cada download atingiu as 4£ (perto de 4.46)
Duas semanas mais tarde, o album teve o seu lançamento físico e atingiu os 3 milhões de vendas em todo o mundo. Teve entrada directa para o número 1 no Reino Unido, França, Canadá, Irlanda e Estados Unidos e ganhou um Grammy para melhor album de música alternativa.

A ideia dos Radiohead com esta manobra, e explicado pelo vocalista da banda Thom Yorke, é dar a entender que, num mundo cada vez mais evoluido tecnologicamente e com a divulgação através da internet, as bandas não precisam de chulos intermediários para dar a conhecer a sua obra. Posso GARANTIR que teria muitos mais discos originais se cada vez que saísse um album novo não tivesse que desembolsar 18€...
Porque é que ao fim de 8 ou 9 meses, os CD baixam de preço consideravelmente...? Não é o mesmo conteúdo? O prazo de validade não expira...
Já agora, porque é que o novo album de Jason Mraz custa na Amazon 5.56€ e na Fnac custa 14.95€...?

Paulo Santos d'O Movimento Cívico contra a Pirataria na Internet (MAPiNET) acha que "o crime organizado está ligado à pirataria". O terrorismo está ligado directamente à pirataria... "Em Portugal, o MAPiNET e as entidades que estão no MAPiNET têm indicações claras de que há ligações perigosíssimas. E as autoridades sabem, porque participámos às autoridades" (Ena, obrigado! O que seria de Portugal sem vocês...?).
O Sr. Paulo Santos também deve achar que parte da crise que afecta Portugal é devido à Internet porque "Já fecharam mais de 80% dos videoclubes em Portugal", exemplifica Paulo Santos, que sublinha que estas cópias "normalmente incidem sobre filmes que ainda não estrearam sequer no cinema".
Antes demais, gostaria de saber em que dados se baseia o Sr. Paulo Santos. Moro numa grande cidade onde existem 5 ou 6 videoclubes e até hoje nenhum fechou...
Será que as empresas estão a fechar ou os bancos entram em colapso financeiro porque a internet distrai os seus trabalhadores...?

Não querendo abusar do tempo de antena dado a este senhor, gostaria de o corrigir numa coisa. Diz que quer que "a Internet deixe de ser a Aldeia de Asterix, que os romanos possam lá entrar e que se combata também o crime na Internet". Não sei se se recorda ou se lia os livros mas o prológo diz "Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor."


(agora vou fingir que sou mais despistado do que o costume)


Oh, espera! Será que o MAPiNET afinal é SÓ contra a pirataria e está a usar argumentos parvos como o terrorismo e a crise para fazer com que o português-parvo-que-engole-tudo deixe de acreditar no principio básico da internet baseado na divulgação de informação, liberdade de expressão, opinativo, consultivo, comunicação, diversão, entretenimento e outros mais...?

Para terminar, gostaria de perguntar ao Sr. Paulo Santos a razão porque não posso colocar comentários no site do MAPiNET...? Parece censura, não é...? Ou será para evitar que os terroristas coloquem comentários desagradáveis...?

quinta-feira, abril 30, 2009

É fascismo, é!

Ora hoje vou falar do fascismo personificado, esse belo monte de merda (peço desde já desculpa aos belos montes de merda que andam espalhados pelas nossas ruas devido aos nossos cachorros vadios e/ou donos anormais) chamado Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim.
Todos nós conhecemos a irreverência e a lingua marota d'O monte de merda (vou tratá-lo assim porque é mais curto que Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim). O monte de merda, como qualquer monte de merda que se preze, apanha-nos de surpresa nos momentos que menos esperamos e... ZÁS! Ficamos com o sapato todo cagado... Com O monte de merda é o mesmo: estamos nós calmamente a pensar que há algum juizo, sentido ou até mesmo comedirão nas palavras do corpo político, eis que quando menos esperamos, ficamos com os ouvidos cheios de merda.
Como não quero andar a mexer muita na merda (e é mesmo MUITA), vou-me focar na última pérola d'O monte de merda.
Em Machico, uma coligação PS-BE-PCP foi criada para comemorar o 25 de Abril e uma das formas de o fazer seria a população colocar uma bandeira de Portugal em cada janela. Inocente? De acordo com O monte de merda, não.
De férias em Porto Santo, O monte de merda emitiu um comunicado intitulado "Celebrar o 25 de Abril sem os comuno-socialistas" onde pede aos cidadãos que assim o desejam, que coloquem a Bandeira nacional nas suas residências, no dia 25 de Abril mas considerando que "trata-se de uma forma de celebrar o golpe militar que abriu portas à institucionalização constitucional da Autonomia, sem misturar com uma pseudo-“esquerda” local comuno-socialista, que pretendia uma nova ditadura, que é contra a autonomia, que é contra as iniciativas que trouxeram o desenvolvimento da Região, e que é aliada dos interesses senhorios do arquipélago em 24 de Abril de 1974"
Aparte do discurso retrógado e totalitário, O monte de merda dá a entender, portanto, que a Revolução dos Cravos, que livrou Portugal de uma ditadura fascista de DIREITA, foi uma manobra da esquerda para subjugar a Região Autónoma da Madeira, da qual ele é ditador, mesmo que legitimado, desde Março de 1978 (há 31 anos).
Isto surpreenderia qualquer um mas como é O monte de merda, é quase normal. O monte de merda usa a arma mais simples para controlar o seu rebanho de 240.000 carneirinhos e que é usada pela maior parte dos pais com os filhos: o medo!
Isolados por mar, com uma programação televisiva controlada, o povo desconhece e o ditador impinge. Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim é um monte de merda que traz, todos os anos, uma mala cheia de dinheiro vinda do Continente. O seu orçamento não tem fundo. Na Madeira não falta nada. Nem estradas, nem equipamentos, nem emprego. O Estado está em todo o lado. Para dar dinheiro, para controlar a oposição. Para acabar com o circo, não era preciso muito. Bastava obrigar Alberto João a viver com o que tem. Iam ver como os madeirenses deixavam de achar graça ao monte de merda...

Enquando este tipo de montes de merda continuar a dominar postos de destaque e exposição pública, este país vai continuar com o mesmo pensamento pobrezinho, invejoso e mesquinho. Desde a apoteóse pública de sacos azuis vindos do Brasil, à corrupção, branqueamento de capitais e abuso de poder em Oeiras... vale tudo!

Quero terminar com um exercício de associações de modo a entender a extensa rede de montes de merda existentes na Madeira (vale a pena ler tudo):

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim (ou monte de merda), Presidente do Governo Regional, tem uma filha (Andreia Jardim) que é Chefe de gabinete do vice-presidente do Governo Regional.
O vice-presidente do governo Regional, João Cunha e Silva, é casado cuja esposa, Filipa Cunha e Silva, é assessora na Secretaria Regional do Plano e Finanças
Maurício Pereira (filho de Carlos Pereira, presidente do Club Sport Marítimo) é assessor da assessora supra-citada ao passo que Nuno Teixeira (filho de Gilberto Teixeira, ex-Conselheiro da Secretaria Regional) é assessor do assessor de quem...? Isso mesmo, da assessora supra-citada!
Brazão de Castro, Secretário regional dos Recursos Humanos tem duas lindas filhas: uma é a Patrícia de Castro e é chefe dos Serviços de Segurança Social. A outra é a Raquel de Castro e é chefe dos Serviços de Turismo.
A Secretária regional do Turismo e Transportes chama-se Conceição Estudante e é casada com Carlos Estudante que é Presidente do Instituto de Gestão de Fundos Comunitários. A filha de nome Sara Relvas que resultou da união deste casal é Directora Regional da Formação Profissional.
Depois temos o Francisco Fernandes que é Secretário Regional da Educação cujo irmão, Sidónio Fernandes, é o Presidente do Conselho de Administração do Instituto do Emprego e a esposa é directora do pavilhão de Basket do qual Sidónio é dirigente.
Jaime Ramos é o líder parlamentar do PSD/Madeira e o filho, Jaime Filipe Ramos, é o vice-presidente do pai.
Vergílio Pereira, que é o ex-Presidente da Câmara Municipal do Funchal tem um filho chamado Bruno Pereira que é vice-presidente da mesma câmara, depois de ter sido director-geral do Governo Regional. Ora, a nora deste senhor, Cláudia Pereira, trabalha na ANAM, empresa que gere os aeroportos da Madeira.
Temos também Carlos Catanho José, Presidente do Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira que tem um irmão, Leonardo Catanho, e que ocupa a função de Director Regional de Informática (nem sabia que havia este cargo...).
O antigo membro do Governo Regional e o agora Presidente do Conselho de administração da Sociedade de Desenvolvimento do Norte (como?) chama-se Rui Adriano e o filho é director do Parque Temático da Madeira.
João Dantas, Presidente da Assembleia Municipal do Funchal, administrador da Electricidade da Madeira e ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal, tem uma filhota querida chamada Patrícia Dantas e que é presidente do Centro de Empresas e Inovação da Madeira. O genro do João (marido da Patrícia) chama-se Raul Caíres e é presidente da Madeira Tecnopólio (curioso como sou, tentei fazer uma pesquisa sobre o que é a "Madeira Tecnopólio" mas não achei nada...).
Ainda na família Dantas, temos o irmão do João, o Luís, que é chefe de Gabinete de Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim (ou monte de merda). A filha do Luís Dantas, um doce de menina chamada Cristina Dantas, é a directora dos serviços Jurídicos da Electricidade da Madeira (em que o tio João Dantas é administrador, recordam-se?).
Para fechar com chave de ouro a saga Dantas, o marido de Cristina Dantas, João Freitas, é director da Loja do Cidadão.


Mundo pequeno. não é...?


quinta-feira, abril 16, 2009

Crise...?

Como é bem sabido, a imprensa desportiva sensacionalista impera no nosso país e Portugal tem três jornais desportivos diários que necessitam de notícias.
Não querendo ser arrogante, é verdade que o Benfica na capa vende um pouco mais que o Sporting ou o Porto. O exemplo já tinha sido dado pelo meu "colega de redacção" e que se pode ler aqui.
A última onda jornalística, fala sobre uma suposta crise que atingiu a equipa do Benfica, sabe-se lá bem porquê
Estamos a 6 jornadas do fim do campeonato (18 pontos por disputar) e o Benfica está em 3º lugar, a 4 pontos do 2º classificado, o Sporting, que por sua vez está a outros 4 pontos do 1º classificado, o Porto.
Em 4ª lugar, vem o Nacional também a 4 pontos do 3ª, logo seguido do Braga com menos 1 que o Nacional.
Ora, o que interpreto nesta análise? Se o titulo nacional ainda não está atribuído tendo também o Sporting grandes chances de o obter, é-me simples deduzir que o Benfica também não está arredado do 2º lugar e que, quer o Nacional e quer o Braga, ainda podem atingir o 3º lugar.
Eu questiono: mas que crise...?
Não só coloco em causa a suposta "crise" da Luz, como contraponho com a verdadeira crise que se passa com as arbitragens portuguesas.
Depois da vergonha a que assistimos na final da Taça da Liga, é de espantar que muitas pessoas que apregoam a tal "crise", se esqueçam do que se anda a passar no nosso campeonato.

Existe uma lista com os erros de arbitragem mais grosseiros em jogos da Liga Sagres dos 3 grandes até à 24ª Jornada, baseada na análise de especialistas dos nossos diários desportivos, a qual segue mais abaixo.

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1ª Jornada
FC Porto 2 - 0 Belenenses: Expulsão incorrecta de um jogador do Belenenses.
Sporting CP 3 - 1 Trofense: Penalty claramente mal assinalado a favor do Trofense, numa falta cometida muito antes da grande área, com o resultado em 3-0. Expulsão ainda assim justa de Polga na sequência do lance.
Rio Ave 1 - 1 SL Benfica: Canto que dá origem ao golo do Rio Ave é precedido de falta não assinalada sobre o GR do Benfica. Penalty por assinalar sobre Pablo Aimar com o resultado em 1-1.

2ª Jornada
SL Benfica 1 - 1 FC Porto: Penalty por assinalar sobre Di Maria, com o resultado em 0-1.
SC Braga 0 - 1 Sporting CP: Penalty por assinalar a favor do Braga por atropelo na área ao jogador Meyong, com o resultado em 0-1. Expulsão perdoada a Izmailov, que depois de receber um amarelo insistiu em faltas merecedoras de amarelo.

3ª Jornada
Sporting CP 1 - 0 CF Belenenses: Golo marcado em fora de jogo por Postiga, inaugurando o marcador.
Rio Ave 0 - 0 FC Porto: Penalty por assinalar por mão na bola de Gaspar (tipo 1). Expulsão perdoada a Lucho González após falta perto da grande área.
Paços de Ferreira 3 - 4 SL Benfica: Expulsão perdoada a Nuno Gomes com o resultado em 1-3.

4ª Jornada
SL Benfica 2 - 0 Sporting CP: Penalty por assinalar sobre Yebda, com o resultado em 0-0 (tipo 1).
FC Porto 2 - 0 Paços de Ferreira: Nada a assinalar.

5ª Jornada
Sporting CP 1 - 2 FC Porto: Penalty inexistente sobre João Moutinho a dar o empate (1-1). Expulsões perdoadas a Bruno Alves, Tomás Costa e Derlei.
Leixões 1 - 1 SL Benfica: Penalty por assinalar por mão na bola a favor do Benfica, com o resultado em 0-0. Golo mal anulado a Yebda, por pretensa falta de Nuno Gomes sobre o GR, inexistente, com o resultado em 0-1.

6ª Jornada
FC Porto 2 - 3 Leixões: Golo mal anulado ao Leixões com o resultado em 2-2.
SL Benfica 1 - 0 Naval: Penalty por assinalar por falta sobre Ruben Amorim, com o resultado em 0-0. Fora de jogo mal assinado contra a Naval, com o jogador da Naval completamente isolado, com o resultado em 0-0.
Paços de Ferreira 0 - 0 Sporting CP: Expulsão perdoada a Tonel, por agressão bárbara a um adversário.

7ª Jornada
Naval 1 - 0 FC Porto: Expulsão perdoada a Bruno Alves na 2ª parte.
Rio Ave 0 - 1 Sporting CP: Golo mal anulado a Liedson, com o resultado em 0-1.
Guimarães 1 - 2 SL Benfica: Penalty por assinalar sobre Aimar aos 3 minutos. Fora de jogo mal assinalado quando Suazo seguia isolado, resultado estava em 2-0. Expulsão perdoada a Meireles por cotovelada em Aimar. Expulsão perdoada a Andrézinho por agressão a Suazo. Expulsão perdoada a Wenio por entrada a pés juntos sobre Pablo Aimar.

8ª Jornada
FC Porto 2 - 0 Guimarães: Nada a assinalar
Sporting CP 0 - 1 SC Leixões: Penalty por assinalar sobre Wesley aos 45'.
SL Benfica 1 - 0 Est. Amadora: Nada a assinalar

9ª Jornada
Naval 0 - 1 Sporting CP: Nada a assinalar
Académica 0 - 2 SL Benfica: Nada a assinalar
E. Amadora x - x FC Porto: adiado

10ª Jornada
Sporting CP 2 - 0 Guimarães: Penalty por assinalar a favor do Sporting. Golo mal anulado ao Sporting com o resultado em 2-0.
FC Porto 2 - 1 Académica: Nada a assinalar
SL Benfica 2 - 2 Setúbal: Árbitro dá lei da vantagem numa falta dura sobre Reyes... a jogada desenrola-se longamente... cruzamento de Jorge Ribeiro, e Suazo marca. O árbitro anula para marcar a falta inicial, para não assinalar fora de jogo que o assistente indicou (e mal), mas não mostra o 2º amarelo ao Sandro. Resultado estava em 2-1.

11ª Jornada
E. Amadora 1 - 3 Sporting CP: Golo mal validado ao Sporting, por fora de jogo, com o resultado em 1-1.
Setúbal 0 - 3 FC Porto: Nada a assinalar
Marítimo 0 - 6 SL Benfica: Nada a assinalar

12ª Jornada
Sporting CP 0 - 0 Académica: Nada a assinalar
FC Porto 0 - 0 Marítimo: Expulsão perdoada a Lisandro, o argentino ao tentar ultrapassar o adversário (Miguelito) é travado em falta, contudo, imediatamente antes na disputa de bola, atinge o adversário na cara. Cartão vermelho por mostrar. Bola bombeada para as costas da defesa do Porto, com Rolando a importar-se em controlar o adversário com os braços, em vez de se preocupar com a bola, derruba o adversário empurrando-o e ainda corta a bola com os braços. Bruno Alves corta um cruzamento com o braço dentro da grande área, penalty por assinalar. Expulsão perdoada a Hulk. Agressão de F. Cardozo a Rolando impune.
SL Benfica 0 - 0 Nacional: Penalty por assinalar sobre Nuno Gomes. Golo mal anulado a Cardozo, por pretensa mão na bola de Miguel Victor que, no chão, levou com uma bola, de costas, tendo esta acertado na mão do jogador do Benfica.

13ª Jornada
Trofense 2 - 0 SL Benfica: Nada a assinalar.
Setúbal 0 - 2 Sporting CP: Nada a assinalar.
Nacional 2 - 4 FC Porto: Nada a assinalar.

14ª Jornada
Sporting CP 2 - 0 Marítimo: Nada a assinalar.
SL Benfica 1 - 0 Braga: Golo mal validado a David Luiz. Penalty por assinalar contra o Benfica. Penalty por assinalar sobre Suazo, ainda na primeira parte.
FC Porto 0 – 0 Trofense: Expulsão perdoada a Bruno Alves por agressão ao jogador Reguila. Penalty por assinalar sobre Lisandro, por falta de Valdomiro.

15ª Jornada
Belenenses 0 - 0 SL Benfica: Expulsão perdoada a Rodrigo Arroz ainda na 1ª parte. Penalty por assinalar sobre Yebda, com resultado em 0-0. Expulsão incorrecta de Miguel Vítor. Penalty por assinalar sobre falta e respectiva expulsão perdoada ao GR do Belenenses.
Braga 0 - 2 FC Porto: Golo mal validado a Rodriguez com resultado em 0-0, por fora de jogo de Hulk. Penalty por assinalar por falta sobre Meyong, e consequente cartão vermelho por exibir. Penalty por assinalar para o Braga por falta sobre Allan. Mão do jogador Guarin na área não penalizada com grande penalidade.
Nacional 1 - 1 Sporting CP: Nada a assinalar.

16ª Jornada
Trofense 0 - 0 Sporting CP: Nada a assinalar.
SL Benfica 1 - 0 Rio Ave: Nada a assinalar.
Belenenses 1 - 3 FC Porto: Nada a assinalar.

17ª Jornada
Sporting CP 2 - 3 Braga: Nada a assinalar.
FC Porto 1 - 1 SL Benfica: Penalty mal assinalado por pretensa falta de Yebda, com o resultado em 0-1.
(Não considerado, admitindo que possa ter havido penalty sobre o Lucho na 1ª. Parte)

18ª Jornada
Belenenses 1 - 2 Sporting CP: Golo mal validado ao Belenenses com o resultado em 0-0, por fora de jogo. Expulsão perdoada a Rochemback por agressão.
SL Benfica 3 - 2 Paços de Ferreira: Nada a assinalar.
FC Porto 3 - 1 Rio Ave: Penalty inexistente a dar o 1-0. Golo mal anulado ao Porto com o resultado em 1-0. Golo mal validado ao Porto com o resultado em 1-1, por falta de Farias.

19ª Jornada
Paços de Ferreira 0 - 2 FC Porto: Golo mal anulado a Carlos Carneiro, por pretensa mão na bola, com o resultado em 0-2.
Sporting CP 3 - 2 SL Benfica: Penalty por marcar sobre Aimar com o resultado em 0-0. Penalty por marcar por mão de Maxi Pereira com o resultado em 1-0.

20ª Jornada
SL Benfica 2 - 1 Leixões: Nada a assinalar.
FC Porto 0 - 0 Sporting CP: Cartão vermelho perdoado a Rodriguez.

21ª Jornada
Sporting CP 2 - 0 Paços de Ferreira: Nada a assinalar.
Leixões 1 - 4 FC Porto: Nada a assinalar.
Naval 1 - 2 SL Benfica: 2º. Golo do Benfica resultou de falta mal assinalada.

22ª Jornada
Sporting CP 2 - 0 Rio Ave: Nada a assinalar.
FC Porto 2 - 0 Naval: Nada a assinalar.
SL Benfica 0 - 1 Guimarães: Nada a assinalar.

23ª Jornada
Leixões 0 – 1 Sporting CP: Pretensa mão de Abel, reclamada como penalty pelo Leixões
Guimarães 1 - 3 FC Porto: Nada a assinalar.
Amadora 1 - 2 SL Benfica: 1º. Penalty a favor do Benfica inexistente.

22ª Jornada
Sporting CP 3 - 1 Naval: Nada a assinalar.
F C Porto 3 - 0 Amadora: Nada a assinalar.
SL Benfica 0 - 1 Académica: Golo mal anulado a Pablo Aimar. Penalty por assinalar a favor do Benfica, por falta sobre David Luiz.

Classificação da Liga à 24ª Jornada
FC Porto 54
Sporting CP 50
SL Benfica 46

Classificação virtual sem erros de arbitragem
SL Benfica 53
FC Porto 52
Sporting CP 46

A verdadeira crise está na péssima gestão da liga sobre os árbitros que têm o poder de adulterar um resultado com uma má análise de um lance. Solução: Além da profissionalização, as novas tecnologias.
Ao falar das arbitragens é impossível contornar as novas tecnologias. Eu sou um fervoroso adepto de tudo o que possa ajudar a tornar o jogo-rei justo, imparcial e sem favorecimentos evidentes.
No ténis, além dos 4 juízes de linha e do juiz principal, uma decisão pode ser contestada por um dos jogadores (bola dentro ou fora). Se assim for, os mesmos possuem à disposição um sistema que lhes permite analisar o lance em segundos e, se necessário, altera-se a decisão.
Torna o jogo menos interessante? Não.
No hóquei no gelo, sensores detectam se a bola passou ou não a linha de golo.
Torna o jogo menos interessante? Bem... aqui sou um pouco suspeito dado que não sou fã do desporto... Mas é inegável que existe justiça.
São dois simples exemplos em como o desporto deve ser: sem influências externas às suas leis e jogadores.

O que me ocorre sobre tudo isto neste belo país plantado à beira-mar, habituado à corrupção e aos sacos azuis, descreve-se por uma simples imagem.

arbitragem

quarta-feira, abril 15, 2009

Diga?

Se alguém, porventura, me perguntar se vou votar PS, a minha resposta será a seguinte:




Obrigado.

terça-feira, março 24, 2009

Explicação

Já compreendi a razão do equívoco de Lucílio Baptista no Sábado à noite... É mais que sabído que é MUITO difícil manter um olho no burro e outro no cigano...

Sobre o gesto do atleta Pedro Silva, eu compreendo a sua atitude... Como já tem uma igual do ano passado, jogou-a fora...

quarta-feira, março 18, 2009

Como...?

Agradecia que, aparte do óbvio erro gramatical, me explicassem esta frase da mais nova revista sensação de Portugal: a "Vidas Reais".





Podem responder comentando ou mesmo através do e-mail adx@sapo.pt.

Obrigado.

sexta-feira, março 06, 2009

Como escrever um post com relativa piada

Introdução
[...]A petrolífera portuguesa Galp Energia obteve um crescimento de 14,2% no seu lucro líquido de 2008 cujo valor foi de € 478 milhões face a ganhos de € 418 milhões em 2007[...]
(MSN Portugal, 03/04/2009)

Desenvolvimento
[...]A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou hoje a aplicação à Galp Energia de uma coima de 75 mil euros por esta não ter divulgado ao mercado as negociações mantidas com a Petróleos da Venezuela em Setembro de 2007[...]
(Público, 05/03/2009)

Conclusão / Piada 1
[...]O lucro de 478 milhões de euros que a Galp Energia obteve em 2008 beneficiou da lentidão com que a petrolífera acertou os seus preços pelos valores internacionais nos últimos três meses do ano passado[...]
(Público, 05/03/2009)

Conclusão / Piada 2
[...]A empresa presidida por Ferreira de Oliveira requereu a impugnação judicial da decisão[...]
(Público, 05/03/2009)

Dedução Estupefacta Do Autor
Ora então, deixa cá ver... 478.000.000€ (lucro do qual parte foi obtido de maneira ilegal) - 75.000€ (coima por ter cometido ilegalidades) = 477.925.000€... Será que o MFO vai aguentar...?

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( Juntar "Introdução" seguido de "Desenvolvimento" e adicionar no fim "Conclusão / Piada 1" ou "Conclusão / Piada 2". A "Dedução Estupefacta Do Autor" é facultativa.)

sexta-feira, janeiro 02, 2009

O Outro Lado Do Espelho

"O juiz federal do Tribunal de Falência de Nova York Burton Lifland aprovou hoje a transferência dos US$ 28,11 milhões solicitados pelo liquidante da empresa do megainvestidor Bernard Madoff, que pode ter cometido a maior fraude da história através das chamadas pirâmides financeiras.

Segundo a documentação registada em tribunal, o juiz concordou com o pagamento, destinado a cobrir as despesas administrativas derivados da venda e liquidação da firma de investimentos.

A fraude de Madoff resultou em prejuízos de aproximadamente US$ 50 bilhões, segundo palavras do próprio investidor - atualmente cumprindo prisão domiciliar em Nova York desde que confessou o esquema, no dia 11 de Dezembro.

Sua técnica consistia em pagar os juros que prometia aos clientes com o dinheiro que entrava na firma através de novos investidores. Quando os valores deixaram de entrar por conta da crise financeira, a estrutura ruiu.
"

Estou a imaginar este senhor no seu escritório quando começou a usar o esquema:
"É pá... É muito dinheiro! Pode resultar! Mas... E se eu perder o dinheiro todo, que vai ser dos meus clientes...? Olha, que sa Madoff!"



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(nota do autor: ler o nome do prevericador ao contrário)