quarta-feira, setembro 02, 2009

Qualquer semelhança com a realidade, não é coincidência.

1 de Setembro de 1939. Perto das 4:45 da manhã, a Luftwaffe sobrevoou e bombardeou várias cidade polacas, incluindo Karkóvia e Varsóvia.
Cinco minutos depois, a Kriegsmarine ordenou que o navio Schleswig-Holstein abrisse fogo sobre as defesas polacas situadas à beira mar em Westerplatte. Três horas depois (às 8 da manhã) a Wehrmacht Heer invadiu a fronteira polaca perto da cidade de Mokra, embora ainda sem uma declaração formal de guerra.
Estónia, Filandia, Letónia, Lituania, Noruega, Itália, República da Irlanda e Suiça declaram a sua neutralidade.

A 1 de Outubro de 1945, Hồ Chí Minh entrega o sul do Vietnam (o ultimo pedaço de terra ocupado) a uma coligação franco-britânica.

Entre estas duas datas, deu-se o mais sangrento conflicto da historia da humanidade: a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que perto de 60 milhões de pessoas tenham perdido a vida. 20 destes 60 milhões eram militares, sendo os restantes civis. Destes civis, 12 milhões morreram em campos de concentração Nazi. 1,5 milhões morreram em bombardeamentos, e 15 milhoes de outra causas. No entanto, estes números não são totalmente reais dado que muitas mortes não eram documentadas. As principais vítimas foram os judeus mas os Nazi tinham também como alvo os romenos, os eslovenos e até os homossexuais. Estes três ultimos alvos perfizeram 5 milhões de vitimas.

Com o final da guerra, foi elaborado um plano de reinserção dos judeus na comunidade europeia mas foi ignorado pela maior parte destes. Muitos deles refugiaram-se na Palestina, situação que já tinha acontecido antes da guerra, em 1936 até 1939. Nesses três anos, surgiu a Revolução Árabe na Palestina. Devido à massificação e e falta de controlo das entradas dos judeus na região, os árabes tomaram várias medidas de protesto contra a sua entrada na Palestina. Desde greves à falta de pagamentos de impostos, o povo árabe tudo fez para evitar a invasão judaica e crenças adjacentes. Enventualmente, surgiram confrontos que passaram a armados com muitas mortes de ambas as partes. Foi criada pelos judeus a Haganah ("defesa" em hebraíco) como retaliação aos ataques dos árabes.
Os judeus tiveram também o apoio do governo britânico que, embora nunca tenha tomado posição oficial, ajudou a criar a Policia Judaica, as Forças Auxiliares Judaicas e as Patrulhas Nocturnas Especiais. Em 1937, o governo britânico ditou que o Estado da Palestina deveria ser governado por árabes e judeus. Foi imposta uma quota anual de entrada de até 10.000 judeus (com o início do Holocausto, estes números foram pulverizados devido aos refugiados). Os conflitos terminaram em Março de 1939 e vitimaram 5000 árabes, 400 judeus e 200 britânicos. Embora a revolta do povo árabe não tenha surtido efeito, muitos crêem que o mesmo é um ponto de viragem na história da região e é creditado como o nascimento da fundamentalismo árabe na Palestina.

Sendo que diplomaticamente a situação era muito dificil de resolver, o governo britânico resolveu pedir ajuda à ONU. Foi criado um comité em 1947 chamado UNSCOP (United Nations Special Committee on Palestine) que servira para mediar os interesses dos árabes e os seus mais recentes ocupantes, os judeus. Ao fim de cinco semanas, o UNSCOP decidiu dividir o Estado da Palestina em dois para ambos os povos.
Em Novembro do mesmo ano, a decisão tomada pela UNSCOP foi a votação na ONU e passou com 33 votos contras 13 e com 10 abstenções. Todos os estados árabes (Liga Árabe) votaram contra.
No terreno, árabes e judeus confrontavam-se em locais estratégicos da região.
Em 14 de Maio de 1948, o Estado de Israel declara independência delimitando o seu território como previamente decretado pelo UNSCOP. No dia seguinte, a Liga Árabe reitera oficialmente a sua oposição à decisão da UNSCOP numa carta à ONU. No mesmo dia, cinco países da Liga Árabe (Egipto, Líbano, Síria, Jordânia e Iraque) invadiram o espaço reservado aos árabes e lançaram fortes ataques sobre o recém formado Estado de Israel dando ínicio à primeira guerra de árabes e israelitas. No entanto, as forças israelitas retaliaram com sucesso a ofensiva árabe e, inclusivé, ocuparam parte do seu território, desrespeitando as fronteiras estabelecidas pela UNSCOP.
Em Abril de 1948, as forças de Israel invadiram Deir Yassin, uma aldeia árabe perto de Jerusalém, e assassinaram 107 pessoas, incluindo crianças. Algumas foram baleadas na via pública enquanto que outras morreram na sua propria casa com explosões de granadas, impedidas de sair para a rua pelas tropas israelitas.
Várias pessoas foram tomadas prisioneiras e colocadas em praça pública em Jerusalém. Depois disso, foram executadas.

Em 24 de Fevereiro de 1949, Israel assina um tratado de paz com a Liga Árabe chamado de Acordo de Armistício. Além do cessar fogo, foram determinadas fronteiras para os países árabes e Israel com o consenso de todos os envolvidos.

No início 1956, o Egipto fechou os estreitos de Tiran ao comércio israelita e colocou um bloqueio no golfo de Aqaba. A meio do ano, nacionalizou a Companhia do Canal do Suez (originalmente criada pela França em cooperação com o Egipto em 1858 de modo a explorar o canal) e vedou todos os acessos ao comércio israelita. Estas acções foram interpretadas como violações do Acordo de Armistício.

Israel respondeu e em Outubro do mesmo ano, invadiu a Península de Sinai com o apoio dos governos britânico e francês e tomou também a Faixa de Gaza. Rapidamente, a ONU apelou a um cessar fogo urgente. Israel concordou e retirou as suas tropas.
A ONU criou a UNEF (United Nations Emergency Force) para garantir a segurança na Faixa de Gaza e certificar-se da desmilitarização de ambos os países. O Egipto cooperou na totalidade mas Israel não, impedindo que as tropas da UNEF entrassem no seu território.

Em Maio de 1967, o Egipto expulsou a UNEF e colcou 100.000 homens na Faixa de Gaza. Voltou a fechar os estreitos de Tiram impôs novo bloqueio sobre o comércio israelita.
Estas medidas faziam parte de uma politica de reconquista da Palestina aos judeus, e consequente expulsão dos mesmos, pelo líder egípcio Gamal Abdel Nasser.
Com o apoio bélico dado pelos soviéticos (aviões, tanques e outros suplementos militares), o Egipto sentia que desta vez, conseguiriam expulsar os judeus. Os media foram fortemente usados para motivar o povo e rapidamente foi conseguido, influenciando também os outros países árabes.
A Síria, o Líbano e a Jordânia uniram forças e auxiliariam o Egipto numa ofensiva a Israel, culminado com um ataque coordenado e preciso.
No entanto, e antes do ataque dos países aliados, a força aerea israelita (IAF) lançou um ataque surpresa sobre a força aerea egípcia, destruindo-a e virando-se depois para Este, atacando as restantes forças aereas dos outros três países. Este ataque foi determinante para a vitória neste conflicto que viria a ser conhecido como a Guerra dos Seis Dias. No final, Israel tomou conta da Peninsula de Sinai, da Faixa de Gaza, da margem Oeste, do Nordeste de Jerusalém e dos Altos de Golan.
Estes efeitos geopolíticos resultantes do confronto manteram-se inalterados até hoje.

No Verão de 1967, os líderes da Liga Árabe reuniram-se para discutir os efeitos da guerra e a sua posição perante o Estado de Israel. Foi atingido um consenso que viria a ser conhecido como "Os Três Nãos": Não ao reconhecimento do Estado de Israel, Não à paz e Não às negociações com o Estado de Israel.

Em 6 de Outubro de 1963, a Síria e o Egipto lançaram um ataque surpresa em Israel. Os EUA (apoiando como sempre Israel) e a URSS (defendendo a Liga Árabe) estiveram por detrás desta guerra embora nunca assumindo directamente um papel. Quando Israel virou o curso da guerra a seu favor, a URSS ameaçou intervir directamente na guerra. Os EUA, com receio de uma guerra nuclear, asseguraram um cessar fogo, 20 dias depois do início da ofensiva.

No Verão de 1978, os EUA (que apoiaram Israel desde o pós 2º Guerra Mundial) foram o palco dos Acordos de Camp David entre os líderes Anwar El Sadat (presidente do Egipto) e Menachem Begin (primeiro ministro israelita). Os acordos levaram ao Tratado de Paz entre Israel e o Egipto, em 1979. Em 1994, foi a vez da Jordânia assinar um tratdo de cessar fogo com Israel.

Desde os anos 80 que foram criadas muita fracções de combate à invasão judaica.
No Líbano, apareceu o Hezbollah embora com o passar do tempo se tenham transformado e hoje são um grupo que fornece serviços sociais, opera escolas, hospitais e cria serviços de agricultura para a população.


Em Dezembro de 1987, surge a Primeira Intifada. A Primeira Intifada é uma união de vários elementos de países árabes contra Israel. A rebelião começou num campo de refugiados palestinianos e rapidamente se espalhou por Gaza, pela margem Oeste e Oeste de Jerusalém mas em Setembro de 1993, o Estado de Israel e representates da Palestina assinaram um acordo em Oslo. Este documento é um dos mais importantes que existem nas relações entre Israel e a Palestina.

São criados o Hamas, Palestinian Islamic Jihad, Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP) e a al-Aqsa Martyrs' Brigades e, em Setembro de 2000, surge a Segunda Intifada, mais conhecida por Al-Aqsa que encara de uma maneira mais forte e radical a defesa do Estado da Palestina e a expulsão dos judeus.
Estes movimentos atacam alvos israelitas com ataques suicidas, carros armadilhados, e guerrilha armada.

De forma a combater estes grupos, Israel lançou ataques a varias cidades na margem Oeste em 2002. A violência atacava de novo a região.

Em 2003, o primeiro ministro Ariel Sharon anunciava a retirada da Faixa de Gaza, tendo sido muito criticado dado que poderia ser encarado como um afastamento dos judeus das suas terras. Este foi o mais importante revés na política israelita desde a conquista da Faixa de Gaza na guerra dos seis dias, em 1968. Muitos críticos de Sharon acreditavam que este seria o primeiro passo para a retirada de territórios tomados por Israel mas nunca se irá ter a certeza: Sharon teve dois ataques cardíacos, o ultimo dos quais o levou a um estado vegetativo. Foi afastado do cargo tendo sido sucedido por Ehud Olmert.

Em Junho de 2006, uma ofensiva por militantes palestinos resultou na captura de um soldado israelita chamado Gilad Shalit. O prisioneiro encontra-se ainda hoje refém do Hamas que exige a libertação de 450 palestinianos prisioneiros de israelitas em troca da sua libertação. Em 2007, o Hamas tomou controle da Faixa de Gaza.
Em modeo de retaliação pela captura de Shalit, Israel cortou todas as exportações para a Faixa de Gaza. Fontes asseguram que os níveis de pobreza, falta de recursos e desemprego em Gaza são chocantes. Israel apenas garante items básicos de sobrevivência, estagnando a economia de Gaza.

Em Julho de 2006, uma tropa do Hezbollah invadiu Israel e assassinou oito soldados israelitas, raptando mais dois. Esta acção despoletou a Guerra no Libano que durou 34 dias de confrontos entre tropas armadas do Hezbollah e as forças armadas Israelitas. A ONU forçou um cessar fogo que foi respeitado por ambas as partes.
Este conflicto causou mais de mil mortos tendo sido a maior parte civís e desalojou perto de um milhão de libaneses. Muitas casas no Líbano ainda hoje nao são habitáveis devido a engenhos explosivos que não rebentaram nessa guerra.

Em Abril de 2008, Ehud Olmert confirmou o que Bashar al-Assad (líder sírio) tinha dito um mês antes: conversações tinham sido iniciadas de modo a que um tratado de paz fosse assinado pelos dois países.

Em Dezembro de 2008, uns breves seis meses de cessar fogo entre o Hamas e Israel foi interrompido. O Hamas atacou fortemente cidades israelitas no dia 24 de Dezembro.
A 27 de Dezembro, Israel respondeu com um ataques aereo e terrestre maciços, despoletando uma enorme batalha em Gaza. Israel apontou a alvos como bases do Hamas, campos de treinos de polícias, quarteis generais e escritórios. No entanto, atacaram também mesquitas, casas e escolas alegando que o Hamas operava a partir destes alvos civís. Grupos de direitos humanos acusam quer o Hamas, quer Israel de crimes de guerra. O conflicto terminou a 18 de Janeiro e fez 1450 vitimas. Mais de 40.000 pessoas ficaram sem agua potável e perto de 4.000 casas foram destruidas, desalojando centenas de pessoas.


O balanço que se faz de toda esta situação é catastrófico. Perderam-se 143.000 vidas e o custo de armamento e mobilizações dos ultimos 11 anos ascende aos 12 triliões de dolares. Caso houvesse entendimento entre Israel e os países árabes, o salário médio de um israelita seria de 4 vezes mais que o actual.

____________

Os números são rídiculos quando comparados com os da Segunda Guerra Mundial mas a relexão aqui que eu quero fazer passar prende-se com a prepotência, os actos despóticos e tirânicos de um povo que deveria ter outra atitude.

Por detrás de um grande homem pode estar uma grande mulher mas por detrás de um país cristão infiltrado num ninho de países árabes, está uma super-potência à espreita...

Sem comentários: